E depois de uma semana de “folga” volto gostosamente à vossa presença, meus queridos leitores, para continuar a partilha das nossas vivências e costumes, neste ocidental recanto dos Açores.
Estamos a celebrar a Páscoa – a maior das festas cristãs – na qual se recorda e revive o mistério da Ressurreição do Senhor Jesus e da dádiva do Espírito Santo à Igreja. O tempo pascal prolonga-se por 50 dias unindo os Domingos da Páscoa e do Pentecostes.
No Corvo os festejos multiplicam-se nestas “Semanas do Espírito Santo” – 7 famílias sorteadas no ano passado recebem em suas casas os Símbolos do Paráclito: decora-se o altar, reza-se o Terço ao fim da tarde e reúne-se a Família e os Amigos à volta do Padroeiro da alegria e da comunhão.
Mas todo este ciclo festivo foi antecedido pelas celebrações do Sagrado Tríduo Pascal – entre a Quinta-feira Santa e o Domingo da Ressurreição, a Comunidade cristã do Corvo reuniu-se em grande número na Matriz, para reviver os “dias da nossa salvação”. Foi muito interessante notar que as pessoas se sentiam envolvidas nas celebrações, enquanto colaboravam activamente nas actividades que lhes foram propostas.
A grande aposta da Paróquia foi integrar as crianças e os jovens nas celebrações da Páscoa – a Catequese Paroquial animou a Missa de Quinta-feira Santa e um aluno de cada ano participou no simbólico rito do Lava-pés. O Agrupamento 1181 do Corpo Nacional de Escutas teve a seu cargo a decoração da Igreja Matriz com uma simbologia pascal e a animação da solene Vigília Pascal, que teve lugar na noite de Sábado de Aleluia.
Creio ser urgente empenhar os movimentos juvenis da Igreja na dinamização destas celebrações, que constituem o coração da Comunidade cristã – fazer memória de Jesus não equivale apenas a rituais vazios de significado mas implica o compromisso vital de toda a Igreja, incluindo as novas gerações que participam com a sua alegria e irreverência.
O Domingo de Páscoa – o primeiro e o maior dos dias do novo Povo de Deus – foi celebrado com a alegria pascal e com a presença da maioria dos cristãos da Ilha do Corvo. Neste Dia, manda a secular tradição, que a Comissão do Império leve à Missa os símbolos do Espírito Santo – no Largo do Outeiro concentravam-se crianças e adultos para participar na Festa do Povo Açoriano.
Chegada a Procissão à Igreja e após a saudação da nossa querida Filarmónica, a Lira Corvense, demos início à solene Eucaristia do Domingo da Ressurreição na qual manifestamos a nossa participação jubilosa na vitória pascal de Jesus.
Depois do rito da coroação, organizou-se a Procissão do Senhor Ressuscitado – uma novidade nas tradições do Corvo, mas também uma necessidade para a Igreja que tem que partilhar com o mundo a feliz notícia da Ressurreição de Cristo. Neste cortejo litúrgico integraram-se a Coroa do Espírito Santo e o pálio com o Santíssimo Sacramento – o significado é este: a Páscoa é o Tempo do Espírito e a vitória de Cristo sobre a morte é obra do Espírito de Deus.
De regresso à casa da Igreja, os símbolos do Divino foram entronizados no “seu” altar, onde permanecerão até ao Domingo de Pentecostes. E, depois de recebermos a Bênção do Santíssimo, lá partimos em direcção à casa dos senhores Nélia e Luís Fraga, na Rua da Matriz, para entregarmos aos seus cuidados as coroas e as bandeiras do Espírito Santo. Afinal a “sorte” da Primeira Semana tinha saído à D. Nélia, uma simpática anciã da nossa Ilha.
E é desta forma, simples mas plena de significado, que vamos vivendo os ritmos da fé e da cultura, das tradições familiares e da actualidade do nosso celebrar a vida. Na próxima crónica vou continuar a dar-vos novidades deste pequeno recanto, plantado no ocidente da Europa . . .
Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo
padrecorvo@gmail.com
Estamos a celebrar a Páscoa – a maior das festas cristãs – na qual se recorda e revive o mistério da Ressurreição do Senhor Jesus e da dádiva do Espírito Santo à Igreja. O tempo pascal prolonga-se por 50 dias unindo os Domingos da Páscoa e do Pentecostes.
No Corvo os festejos multiplicam-se nestas “Semanas do Espírito Santo” – 7 famílias sorteadas no ano passado recebem em suas casas os Símbolos do Paráclito: decora-se o altar, reza-se o Terço ao fim da tarde e reúne-se a Família e os Amigos à volta do Padroeiro da alegria e da comunhão.
Mas todo este ciclo festivo foi antecedido pelas celebrações do Sagrado Tríduo Pascal – entre a Quinta-feira Santa e o Domingo da Ressurreição, a Comunidade cristã do Corvo reuniu-se em grande número na Matriz, para reviver os “dias da nossa salvação”. Foi muito interessante notar que as pessoas se sentiam envolvidas nas celebrações, enquanto colaboravam activamente nas actividades que lhes foram propostas.
A grande aposta da Paróquia foi integrar as crianças e os jovens nas celebrações da Páscoa – a Catequese Paroquial animou a Missa de Quinta-feira Santa e um aluno de cada ano participou no simbólico rito do Lava-pés. O Agrupamento 1181 do Corpo Nacional de Escutas teve a seu cargo a decoração da Igreja Matriz com uma simbologia pascal e a animação da solene Vigília Pascal, que teve lugar na noite de Sábado de Aleluia.
Creio ser urgente empenhar os movimentos juvenis da Igreja na dinamização destas celebrações, que constituem o coração da Comunidade cristã – fazer memória de Jesus não equivale apenas a rituais vazios de significado mas implica o compromisso vital de toda a Igreja, incluindo as novas gerações que participam com a sua alegria e irreverência.
O Domingo de Páscoa – o primeiro e o maior dos dias do novo Povo de Deus – foi celebrado com a alegria pascal e com a presença da maioria dos cristãos da Ilha do Corvo. Neste Dia, manda a secular tradição, que a Comissão do Império leve à Missa os símbolos do Espírito Santo – no Largo do Outeiro concentravam-se crianças e adultos para participar na Festa do Povo Açoriano.
Chegada a Procissão à Igreja e após a saudação da nossa querida Filarmónica, a Lira Corvense, demos início à solene Eucaristia do Domingo da Ressurreição na qual manifestamos a nossa participação jubilosa na vitória pascal de Jesus.
Depois do rito da coroação, organizou-se a Procissão do Senhor Ressuscitado – uma novidade nas tradições do Corvo, mas também uma necessidade para a Igreja que tem que partilhar com o mundo a feliz notícia da Ressurreição de Cristo. Neste cortejo litúrgico integraram-se a Coroa do Espírito Santo e o pálio com o Santíssimo Sacramento – o significado é este: a Páscoa é o Tempo do Espírito e a vitória de Cristo sobre a morte é obra do Espírito de Deus.
De regresso à casa da Igreja, os símbolos do Divino foram entronizados no “seu” altar, onde permanecerão até ao Domingo de Pentecostes. E, depois de recebermos a Bênção do Santíssimo, lá partimos em direcção à casa dos senhores Nélia e Luís Fraga, na Rua da Matriz, para entregarmos aos seus cuidados as coroas e as bandeiras do Espírito Santo. Afinal a “sorte” da Primeira Semana tinha saído à D. Nélia, uma simpática anciã da nossa Ilha.
E é desta forma, simples mas plena de significado, que vamos vivendo os ritmos da fé e da cultura, das tradições familiares e da actualidade do nosso celebrar a vida. Na próxima crónica vou continuar a dar-vos novidades deste pequeno recanto, plantado no ocidente da Europa . . .
Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo
padrecorvo@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário