
Em mais uma semana renovo a minha amizade convosco, meus queridos e simpáticos leitores, e ouso progredir na partilha das vivências que vão marcando a Comunidade da mais pequena Ilha dos Açores – o Corvo.
Nos dias que passam a expressão que alegremente brota dos lábios dos mais novos é a seguinte: “Que fixe!!! Já estamos de FÉRIAS!!!” – Agora é tempo de descansar, ir à praia e divertir-se com os amigos.
O Domingo passado, dia de São João, foi marcado pela festa de encerramento das actividades da Catequese Paroquial – o parque de lazer da Quinta encheu-se de juventude e alegria, com a presença das catequistas e dos alunos, dos familiares e dos amigos: todos quiseram participar na Missa e no piquenique, brincar nos baloiços e dar uns valentes pontapés na bola! Foi uma tarde muito bem passada: enquanto os mais novos se divertiam “à grande” os adultos aproveitavam para uma amena cavaqueira ou para a sempre salutar sesta.
No que conta a ilustres visitantes, o Corvo abriu as suas portas às Jornadas Parlamentares do Partido Social Democrata. Os deputados estiveram na Ilha na 4ª Feira, reuniram-se com as principais entidades e instituições corvinas inteirando-se dos problemas e dos desafios que se lançam ao Corvo no séc. XXI.
Mas o centro da semana foi a celebração da Festa de São Pedro o Padroeiro dos Pescadores – a Comissão de festas, composta pelos Homens do Mar, teve a seu cargo a organização do programa que procurou conjugar a devoção popular ao Príncipe dos Apóstolos com a animação cultural da Comunidade corvina.
Os serões de 6ª feira, sábado e domingo foram marcados pelos já típicos jantares da “tasca” – famílias e amigos juntaram-se para saborear a sempre gostosa ementa. E como a festa era dos pescadores o prato forte foi o peixe pescado no mar do Corvo: o cherne, o goraz e o peixão, devidamente temperados, estavam presentes em cada uma das mesas do arraial.
Depois do saboroso jantar era tempo de dar um pezinho de dança, bem ao gosto dos corvinos – a animação musical esteve a cargo dos competentes músicos da Venga Banda – o Grupo Musical do Corvo que fez as delícias dos bailarinos bem como de todos os convivas.
Para este primeiro Domingo de Julho ficou reservada a parte litúrgica das Festas. Na Missa Solene, celebrada este ano na Igreja Matriz, os Pescadores levaram ao altar os utensílios e os apetrechos da vida do mar.
Terminada a Eucaristia organizamos a Procissão de São Pedro, a qual levou a Imagem do Padroeiro dos Pescadores até ao Porto da Casa. Aí foi proclamado o tradicional sermão de São Pedro – uma reflexão sobre o exemplo de vida daquele ilustre Pescador do mar da Galileia.
O cerimonial prosseguiu com a bênção dos barcos – todos os pescadores quiseram trazer a sua embarcação, para que a invocação da misericórdia divina, significasse um desejo de prosperidade e de segurança nas lides da faina.
Ao som dos acordes da Lira Corvense a Procissão dirigiu-se para o Campo de Jogos onde, e depois da saudação da Filarmónica, decorreu o sempre castiço jantar comunitário. Aqui no Corvo há o costume de, no domingo da festa, trazer a imagem dos santos patronos para o arraial: ao princípio achei esquisito, até porque o lugar dos santos é na igreja, mas e depois de muito reflectir concluí que este gesto pode ter um carácter profético – criar laços de proximidade e de comunhão fraterna entre a Igreja que reza e a Igreja que se diverte num salutar convívio entre todos.
E foi assim que vivemos a primeira das nossas festas de verão!!! Para a semana os festejos continuam com a celebração em honra do Divino Espírito Santo.
Na próxima crónica que será a última desta série – uma vez que esta participação corvina na imprensa açoriana já vai celebrar um ano de vida – vou dar-vos conta do concerto de música clássica, inserido no festival “Music’atlântico” . . .
Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo
padrecorvo@gmail.com
Nos dias que passam a expressão que alegremente brota dos lábios dos mais novos é a seguinte: “Que fixe!!! Já estamos de FÉRIAS!!!” – Agora é tempo de descansar, ir à praia e divertir-se com os amigos.

O Domingo passado, dia de São João, foi marcado pela festa de encerramento das actividades da Catequese Paroquial – o parque de lazer da Quinta encheu-se de juventude e alegria, com a presença das catequistas e dos alunos, dos familiares e dos amigos: todos quiseram participar na Missa e no piquenique, brincar nos baloiços e dar uns valentes pontapés na bola! Foi uma tarde muito bem passada: enquanto os mais novos se divertiam “à grande” os adultos aproveitavam para uma amena cavaqueira ou para a sempre salutar sesta.
No que conta a ilustres visitantes, o Corvo abriu as suas portas às Jornadas Parlamentares do Partido Social Democrata. Os deputados estiveram na Ilha na 4ª Feira, reuniram-se com as principais entidades e instituições corvinas inteirando-se dos problemas e dos desafios que se lançam ao Corvo no séc. XXI.
Mas o centro da semana foi a celebração da Festa de São Pedro o Padroeiro dos Pescadores – a Comissão de festas, composta pelos Homens do Mar, teve a seu cargo a organização do programa que procurou conjugar a devoção popular ao Príncipe dos Apóstolos com a animação cultural da Comunidade corvina.
Os serões de 6ª feira, sábado e domingo foram marcados pelos já típicos jantares da “tasca” – famílias e amigos juntaram-se para saborear a sempre gostosa ementa. E como a festa era dos pescadores o prato forte foi o peixe pescado no mar do Corvo: o cherne, o goraz e o peixão, devidamente temperados, estavam presentes em cada uma das mesas do arraial.
Depois do saboroso jantar era tempo de dar um pezinho de dança, bem ao gosto dos corvinos – a animação musical esteve a cargo dos competentes músicos da Venga Banda – o Grupo Musical do Corvo que fez as delícias dos bailarinos bem como de todos os convivas.
Para este primeiro Domingo de Julho ficou reservada a parte litúrgica das Festas. Na Missa Solene, celebrada este ano na Igreja Matriz, os Pescadores levaram ao altar os utensílios e os apetrechos da vida do mar.
Terminada a Eucaristia organizamos a Procissão de São Pedro, a qual levou a Imagem do Padroeiro dos Pescadores até ao Porto da Casa. Aí foi proclamado o tradicional sermão de São Pedro – uma reflexão sobre o exemplo de vida daquele ilustre Pescador do mar da Galileia.
O cerimonial prosseguiu com a bênção dos barcos – todos os pescadores quiseram trazer a sua embarcação, para que a invocação da misericórdia divina, significasse um desejo de prosperidade e de segurança nas lides da faina.
Ao som dos acordes da Lira Corvense a Procissão dirigiu-se para o Campo de Jogos onde, e depois da saudação da Filarmónica, decorreu o sempre castiço jantar comunitário. Aqui no Corvo há o costume de, no domingo da festa, trazer a imagem dos santos patronos para o arraial: ao princípio achei esquisito, até porque o lugar dos santos é na igreja, mas e depois de muito reflectir concluí que este gesto pode ter um carácter profético – criar laços de proximidade e de comunhão fraterna entre a Igreja que reza e a Igreja que se diverte num salutar convívio entre todos.
E foi assim que vivemos a primeira das nossas festas de verão!!! Para a semana os festejos continuam com a celebração em honra do Divino Espírito Santo.
Na próxima crónica que será a última desta série – uma vez que esta participação corvina na imprensa açoriana já vai celebrar um ano de vida – vou dar-vos conta do concerto de música clássica, inserido no festival “Music’atlântico” . . .
Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo
padrecorvo@gmail.com
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