segunda-feira, 5 de março de 2007

Professores do Corvo foram à Noruega




Nesta semana de rigoroso Inverno volto eu à vossa simpática presente, meus queridos leitores para renovar o espírito de partilha e de comunhão acerca das nossas corvinas vivências.
E ao que parece não é apenas no Corvo que se vivem uns dias verdadeiramente cinzentos e ventosos – a estação do frio e das chuvas parece que veio para ficar, deixando ao sol apenas umas ligeiras oportunidades para “dar o ar da sua graça”.
O Inverno é também a época das gripes e das constipações – e depois de terem sido os mais pequenos as vítimas destas doenças de estação, agora são os adultos que vão ficando de cama, minados pela febre e pelos demais sintomas das costumeiras maleitas. Vão sendo frequentes as visitas ao Posto de Saúde para a necessária medicação, a par de umas visitas do Médico aos leitos dos temporários enfermos.
Mas à parte das doenças, esta semana foi marcada por uma conferência intitulada “Fórum Litoral – Plano de Ordenamento da Orla Costeira – CORVO ministrada por Carlos Pereira da Silva e Fátima Alves. O encontro que decorreu na passada 5ª feira dia 1 de Março, no salão nobre dos Paços do Concelho, teve como objectivos a apresentação do referido Plano e a auscultação das entidades envolvidas na classificação da orla costeira da Ilha.
Esta iniciativa conjunta da Universidade dos Açores e da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, que contou com o apoio da Câmara Municipal do Corvo, é uma oportunidade de oiro para que se tome consciência do nosso património natural e se salvaguarde com maior coerência e isenção o bem comum.
Por falar em benefícios comunitários, alegro-me em informar-vos que as obras da nova central de produção de energia eléctrica avançam a bom ritmo. Esta estrutura vital situada na zona do Rego de Água, fora do perímetro urbano, prevê-se estar concluída no mês de Junho de 2007 e está dotada com modernos geradores, para permitir que a Empresa de Electricidade dos Açores possa prestar os melhores serviços à população corvina.
E com o aproximar-se da inauguração da nova central eléctrica, porque não pensar em transformar a velha Central, situada no Caminho da Horta Funda, num “Museu da Luz” – assim podíamos olhar para aquela estrutura que agora vai marcando o nosso desenvolvimento, como uma herança e um património que ajudou a construir o Corvo que agora somos.
Na terça-feira, ao ir à Escola para leccionar as aulas de EMRC, deparei-me com uma simpática exposição, patente no átrio central, evocando a recente viagem que três docentes do estabelecimento de ensino fizerem à Noruega, no âmbito do Projecto Comenius 1.
Segundo o testemunho da Prof.ª Deolinda Estêvão, que tem a seu cargo a coordenação deste Projecto, a visita à Escola de norueguesa de Tvedestrand, situada a sudoeste da capital, Oslo, decorreu entre os dias 19 e 24 de Fevereiro e foi marcada por um brilhante acolhimento, que permitiu aos participantes contactar com as vivências e com o sistema de ensino daquele país nórdico.
Ainda na opinião da responsável podemos concluir que estes intercâmbios têm sido muito importantes para aprofundar e melhorar os currículos, trocar recursos, conhecer as semelhanças e diferenças culturais, bem como partilhar diferentes estilos de ensino – aprendizagem.
Felicito a Escola por mais esta iniciativa que permitiu a partilha de experiências culturais e educativas entre dois países tão diferentes, ainda que membros da mesma União Europeia. Ficamos à espera da visita dos noruegueses, para que o conhecimento seja mútuo as amizades possam fortificar-se.
E quanto à semana que se inicia, ela vai ser marcada pelos preparativos para a Festa da Consagração das Crianças com menos de 6 anos – fico à espera que os 20 meninos e meninas estejam de boa saúde, uma vez que a sua festa já foi adiada por causa das gripes.
A par desta infantil azáfama, o Corvo vai acolher um curso de formação que versará sobre a importância da literatura e da arte do conto na formação e vida das pessoas . . .


Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo

padrecorvo@gmail.com

Um comentário:

Paulo Henriques disse...

É pena essa discussão sobre a protecção da orla costeira já vir tarde em relação ao atentado que é a casa do Médico na ilha...

É com imenso prazer que leio o seu blogue,apesar de não estarmos sintonizados em alguns dos temas que por aqui vai abordando.