segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Namoro abençoado


E depois dos alegres festejos do Carnaval cá estou novamente, meus queridos leitores, para partilhar convosco os simples acontecimentos que vão marcando o nosso corvino viver.
Como anunciei na última crónica, a casa paroquial acolheu na 2ª feira de Entrudo um baile à moda antiga. Um grupo de 5 músicos – o António Guilherme, o Tibério Silva, o Alfredo Pimentel, o Tony Pimentel e o Celso Silva – tiveram a seu cargo a animação musical daquele animado serão.
Em cima da grande mesa do salão, devidamente engalanada, iam sendo colocadas as carnavalescas iguarias assim como os petiscos tradicionais da terra. Na cozinha estavam as bebidas – as doces, as cervejas e os sumos para os miúdos. Até o salão estava decorado com coloridos balões, que ali foram postos pelas senhoras Fátima Silva, Fátima Jorge, Manuela Rita e Ana Maria Jorge – as responsáveis pela preparação do ambiente festivo.
Enquanto o relógio da Matriz marcava as 22 horas, os sempre pontuais tocadores chegavam para darem o último afino nos instrumentos – ao longo da noite passaram por cá entre 50 a 60 pessoas, mais novos ou mais idosos todos os convivas quiseram bailar as modas tradicionais do Corvo. No intervalo da dança lá se saboreava uma filhó ou se bebia um licor para brindar ao Carnaval.
Posso dizer-vos, meus estimados leitores, que foi uma festa muito especial, em que todos participaram num ambiente familiar e fraterno. É bom quando a Igreja sabe abrir as suas portas à comunhão e à alegria dos seus filhos.
Acabadas todas as festividades da quadra, lá iniciamos a Quaresma com a celebração da Quarta-feira de Cinzas. O jejum, a abstinência de carne, a via-sacra e o Lausperene são exercícios piedosos que marcam este tempo de salvação e de esperança. Também no Corvo, a Comunidade cristã reúne-se para celebrar nestes gestos a misericórdia e o amor de Cristo que deu a Sua vida por todos nós.
Para este primeiro Domingo da Quaresma estava reservada uma série de actividades, as quais nos iam ajudar a caminhar em direcção à Páscoa do Senhor Jesus. Na missa das 10h 30 as crianças e adolescentes da Catequese celebraram a Festa dos Beatos Francisco e Jacinta Marto, os Pastorinhos de Fátima – no ofertório os alunos do 7º ano apresentaram em símbolos as vivências daquelas duas Crianças que testemunharam na sua curta vida a santidade e a inocência de Deus.
Quanto aos alunos do 1º ao 5º ano participaram na Eucaristia duma forma original – foram vestidos de pastorinhos. E era vê-los tão contentes por personificaram os seus pequenos grandes Heróis.
Ao longo do dia o Santíssimo Sacramento ficou exposto à adoração dos fiéis em mais um Lausperene mensal. Foram muitos os que passaram pela Igreja Matriz, para colocar nas mãos do Senhor as suas vidas e as vidas das suas famílias. Aliás a iniciativa do Dia Eucarístico que todos os meses tem lugar na nossa paróquia tem dado bons frutos – as pessoas estão entusiasmada e de boa vontade oferecem o seu tempo para adorar o Santíssimo.
Quisemos encontrar neste gesto uma forma simples e concreta de muitas pessoas participarem na pastoral da Comunidade cristã. O próximo Dia Eucarístico tem lugar a 19 de Março, na solenidade de São José.
Para a missa da noite estava reservada uma agradável surpresa – 6 casais de namorados aderiram ao convite feito pela paróquia e participaram na Bênção dos Noivos e dos Namorados.
Numa celebração simples mas repleta de simbolismo estas futuras Famílias quiserem invocar a protecção divina para as suas vida e, com certeza, saíram da igreja mais enriquecidos e disponíveis para perceber que amar é servir.
Celebrar a Bênção dos Noivos e dos Namorados significa colocar toda a vida das pessoas à luz do amor de Deus que ama a humanidade como Sua esposa querida.
E por hoje estamos conversados. Na próxima semana vou dar-vos conta de uma viagem que 3 professores da nossa escola fizeram à Noruega, no âmbito do Programa Comenius . . .



Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo

padrecorvo@gmail.com

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

O Corvo festeja o Carnaval

Depois de umas reconfortantes férias, cá estou de novo junto dos meus estimados leitores, para partilhar as vivências que vão marcando o Corvino quotidiano.
Desta vez estão na ordem do dia os festejos do Carnaval. Também neste pequeno recanto dos Açores, as pessoas reúnem-se para celebrar o Entrudo com os bailes, os desfiles de fantasias para os mais novos e claro, a saborosa doçaria da época.
Para a 4ª Feira dia 14 de Fevereiro, estava agendado o corso carnavalesco – numa organização conjunta entre a EBI Mouzinho da Silveira e a creche e jardim de infância Planeta Azul – que não se realizou devido às péssimas condições do estado do tempo. Apesar disso, os alunos da EBI ainda aventuraram-se a enfrentar o vendaval, mas só conseguiria desfilar entre a porta do ginásio e a porta de entrada da escola.
Por sua vez, a Comissão de Festas da Sagrada Família teve a brilhante ideia de promover um baile comunitário que decorreu no “sábado gordo” no ginásio da escola. Foram muitos, os jovens e menos jovens, que apresentando as mais variadas fantasias quiseram brindar a festa com um pézinho de dança e participando naquele ambiente de convívio, música da quadra e saborosas iguarias.
Louvo as senhoras da Comissão de Festas pela sua brilhante iniciativa. Faz falta no Corvo estes momentos para um saudável convívio comunitário. Há que aproveitar todos os pretextos para reunir as famílias e os grupos de amigos em ambientes festivos . . . é uma excelente forma de mitigar o isolamento e de fortalecer a consciência comunitária, que tem que existir na nossa Ilha.
A tarde de Domingo ficou reservada para a já tradicional matinée infantil no Pub Convento. A festa apesar de animada contou com a participação de apenas 7 crianças – as outras estavam doentes com as maleitas próprias da época. O Inverno tem sido muito rigoroso por estes lados o que condiciona a saúde de muitos corvinos, sobretudo das crianças.
O serão, este foi animado pelos bailes que se realizaram no Restaurante “Traineira” e no Snack-bar “Irmãos Metralha”. Até ao fim da Terça-feira de Carnaval, os bailes vão continuar a animar os locais de lazer da Ilha do Corvo.
Mas para a noite desta segunda-feira está reservada uma surpresa – a casa paroquial vai acolher um baile à moda antiga, animado pelo típico instrumental: o bandolim a viola da terra, a flauta e o violão. Um grupo de amigos foi convidado para abrilhantar o serão, partilhando as suas iguarias e abrindo no “meio da casa” um espaço para o tão querido bailarico. É com muito gosto que colaboro com os festejos carnavalescos, uma vez que a alegria é a imagem de marca da fé cristã e o melhor remédio para uma vida tão marcada pelo sofrimento e pela tristeza.
Desta Ilha do Corvo desejo a todos os meus leitores, onde quer que se encontrem, um Feliz Carnaval repleto de alegria, festa e muita amizade.
Na próxima semana vou dar-vos conta de um acontecimento original, que por estes dias vai ser preparado . . .


Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo

padrecorvo@gmail.com