segunda-feira, 9 de julho de 2007

Crónica corvina celebra o 1º aniversário


Pois é verdade!!! A presença continuada do Corvo nos jornais dos Açores já dura há um ano!!!
Foi de facto a 11 de Julho de 2006 que fiz publicar a minha primeira crónica intitulada “Apresentando” – naquele breve e tímido escrito procurei abrir os alicerces para a obra que agora já está em construção: dar a conhecer as vivências quotidianas do Corvo e receber os jornais e as revistas que se publicam nos Açores, para as colocar à disposição da população corvina.
Ao fazer o balanço do meu trabalho posso dizer que estou muito satisfeito: consegui que o Corvo se tornasse presente junto das demais ilhas do Arquipélago – aliás este é o principal objectivo das crónicas que escrevo.
Por outro lado, partilhei com os meus sempre queridos leitores os ritmos do viver corvino – as festas que celebramos, os factos importantes na vida das instituições da Comunidade, os ilustres que nos deram a honra da sua visita e, claro está, a simplicidade do nosso dia-a-dia.
Ao assinalar esta efeméride dirijo um profundo agradecimento aos jornais que acolheram as minhas crónicas e que as publicaram com a fidelidade semanal: digo “muito obrigado” ao Jornal a União e ao extinto Correio da Horta, que publicavam os meus artigos à 3ª Feira, bem como ao Correio dos Açores que todas as 4ªs feiras colocava a corvina crónica nas suas páginas.
Os meus agradecimentos vão ainda para os jornais on-line Azores Digital e Portugal Ilustrado, estando este último ligado às Comunidades emigrantes nos Estados Unidos e no Canadá.
Também não posso deixar de saudar com um grande “bem-haja” o Jornal O Incentivo, que na sequência do encerramento do Correio da Horta, assumiu a publicação das crónicas na Ilha do Faial e deixo uma saudação para o Jornal o Dever que, esporadicamente, publica algum dos artigos sobre o viver corvino.
Agradeço profundamente a todas as pessoas que colaboraram na concretização deste projecto – desde os directores dos jornais até aos profissionais da comunicação peço que aceitem, em nome dos Corvinos, as mais reconhecidas saudações.
Agora é tempo de descanso!!! Não só porque o verão se traduz em tempo de férias, mas uma vez que optei em dar um ritmo cronológico ao meu trabalho, não quero repetir os conteúdos das várias crónicas.
Mas não pensam os meus queridos leitores que se livram de mim!!! Faço tenção de voltar à vossa simpática presença, a partir de Outubro, com um artigo semanal – uma reflexão sobre os sinais dos tempos, vistos à luz da fé cristã. A Ilha do Corvo, porém, não ficará esquecida: sempre que a novidade o justificar continuarei a escrever sobre a terra que adoptei como minha!
E a minha última palavra vai para cada de vós, meus queridos e simpáticos leitores – obrigado pela leitura das minhas crónicas e bem hajam aqueles que ousaram fazer os tão simpáticos e encorajadores comentários.
Mesmo sem vos conhecer sinto a vossa presença e é a vossa fidelidade à leitura dos escritos que saem do Corvo a melhor fonte de inspiração para quem os escreve.

Deste vosso amigo recebei um Abraço Corvino do tamanho do mundo!!!


Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo

padrecorvo@gmail.com

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Festa de São Pedro anima os Pescadores



Em mais uma semana renovo a minha amizade convosco, meus queridos e simpáticos leitores, e ouso progredir na partilha das vivências que vão marcando a Comunidade da mais pequena Ilha dos Açores – o Corvo.
Nos dias que passam a expressão que alegremente brota dos lábios dos mais novos é a seguinte: “Que fixe!!! Já estamos de FÉRIAS!!!” – Agora é tempo de descansar, ir à praia e divertir-se com os amigos.
O Domingo passado, dia de São João, foi marcado pela festa de encerramento das actividades da Catequese Paroquial – o parque de lazer da Quinta encheu-se de juventude e alegria, com a presença das catequistas e dos alunos, dos familiares e dos amigos: todos quiseram participar na Missa e no piquenique, brincar nos baloiços e dar uns valentes pontapés na bola! Foi uma tarde muito bem passada: enquanto os mais novos se divertiam “à grande” os adultos aproveitavam para uma amena cavaqueira ou para a sempre salutar sesta.
No que conta a ilustres visitantes, o Corvo abriu as suas portas às Jornadas Parlamentares do Partido Social Democrata. Os deputados estiveram na Ilha na 4ª Feira, reuniram-se com as principais entidades e instituições corvinas inteirando-se dos problemas e dos desafios que se lançam ao Corvo no séc. XXI.
Mas o centro da semana foi a celebração da Festa de São Pedro o Padroeiro dos Pescadores – a Comissão de festas, composta pelos Homens do Mar, teve a seu cargo a organização do programa que procurou conjugar a devoção popular ao Príncipe dos Apóstolos com a animação cultural da Comunidade corvina.
Os serões de 6ª feira, sábado e domingo foram marcados pelos já típicos jantares da “tasca” – famílias e amigos juntaram-se para saborear a sempre gostosa ementa. E como a festa era dos pescadores o prato forte foi o peixe pescado no mar do Corvo: o cherne, o goraz e o peixão, devidamente temperados, estavam presentes em cada uma das mesas do arraial.
Depois do saboroso jantar era tempo de dar um pezinho de dança, bem ao gosto dos corvinos – a animação musical esteve a cargo dos competentes músicos da Venga Banda – o Grupo Musical do Corvo que fez as delícias dos bailarinos bem como de todos os convivas.
Para este primeiro Domingo de Julho ficou reservada a parte litúrgica das Festas. Na Missa Solene, celebrada este ano na Igreja Matriz, os Pescadores levaram ao altar os utensílios e os apetrechos da vida do mar.
Terminada a Eucaristia organizamos a Procissão de São Pedro, a qual levou a Imagem do Padroeiro dos Pescadores até ao Porto da Casa. Aí foi proclamado o tradicional sermão de São Pedro – uma reflexão sobre o exemplo de vida daquele ilustre Pescador do mar da Galileia.
O cerimonial prosseguiu com a bênção dos barcos – todos os pescadores quiseram trazer a sua embarcação, para que a invocação da misericórdia divina, significasse um desejo de prosperidade e de segurança nas lides da faina.
Ao som dos acordes da Lira Corvense a Procissão dirigiu-se para o Campo de Jogos onde, e depois da saudação da Filarmónica, decorreu o sempre castiço jantar comunitário. Aqui no Corvo há o costume de, no domingo da festa, trazer a imagem dos santos patronos para o arraial: ao princípio achei esquisito, até porque o lugar dos santos é na igreja, mas e depois de muito reflectir concluí que este gesto pode ter um carácter profético – criar laços de proximidade e de comunhão fraterna entre a Igreja que reza e a Igreja que se diverte num salutar convívio entre todos.
E foi assim que vivemos a primeira das nossas festas de verão!!! Para a semana os festejos continuam com a celebração em honra do Divino Espírito Santo.
Na próxima crónica que será a última desta série – uma vez que esta participação corvina na imprensa açoriana já vai celebrar um ano de vida – vou dar-vos conta do concerto de música clássica, inserido no festival “Music’atlântico” . . .


Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo

padrecorvo@gmail.com