Depois do Governo ter deixado a nossa Ilha, todas as conversas versavam sobre as muitas ou poucas “dádivas” do Executivo Regional. Outros juízes de ocasião ditavam sentenças sobre as reivindicações do Conselho de Ilha, a sua pertinência e a forma como reclamavam do Governo, os tão necessários investimentos para o almejado desenvolvimento do nosso Corvo.
Mas não se vive só de visitas, por isso ficam aqui registados os acontecimentos que foram marcando o corvino dia a dia.
No passado Domingo, dia 8 de Outubro, teve lugar a participação no Festival Mundial de Aves 2006 que foi organizado em todo o país pela Sociedade Portuguesa para os Estudo das Aves. Pedro Domingos e Sandra Mealha orientaram o grupo de 6 pessoas, que puderam observar espécies como o canário, o tentilhão, o pintassilgo, a gaivota, a cagarra . . .
12 de Outubro foi dia de Festa no Corvo, como também o terá sido noutras comunidades cristãs dos Açores. A Matriz ficou repleta de fiéis que tomaram parte na Oração do Terço, na Missa Solene e na Procissão das Velas em honra de Nossa Senhora de Fátima.
Destaco claramente a participação dos alunos e dos catequistas da Catequese Paroquial, seja na orientação dos mistérios do Terço seja iluminando a Procissão com acesas tochas. As crianças e os jovens, se bem orientados, também estão despertos para os valores religiosos da sua Comunidade e participam com gosto nas actividades que lhes são propostas.
Se os meus leitores permitirem, vou falar das condições em actualmente é feito o transporte aéreo para o Corvo: Estávamos no dia 18 de Setembro quando o avião dornier da SATA fez a derradeira viagem para a Ilha, antes de ir passar uns tempos para a oficina. A Força Aérea Portuguesa prontificou-se desde logo a assegurar o serviço público, desde que os passageiros estivessem dispostos a aceitar os horários e as demais condições da Instituição militar.
E assim foi. Entre 20 de Setembro e 6 de Outubro tivemos algumas vezes avião, mesmo ao sábado, porque não se pode alterar os rígidos esquemas e estratégias dos inquilinos da Base das Lajes.
Todavia o orçamento do Governo não suporta os elevados custos que se prendem com os serviços prestados pelos militares. E aqui fica a minha dúvida: como é que duas instituições, Força Aérea e Governo Regional, que são sustentados pela mesma fonte – os impostos dos contribuintes, têm que praticar um ao outro preços exorbitantes pelos supostos “públicos” serviços que prestam???
Foi então contratado o avião de uma empresa privada a SOMAGUE que até ao presente tem feito um trabalho satisfatório no que diz respeito aos 3 voos semanais e às diversas ligações entre o Corvo e os aeroportos das Flores, do Faial e da Terceira. 18 é o número de máximo de passageiros que à 2ª e à 4ª Feiras pode chegar e sair da Ilha do Corvo; à 6ª feira são apenas 12 uma vez que o avião não escala a Ilha das Flores.
Mas há duas questões que necessitam de uma melhor solução, a bem da comodidade e dos direitos da população. A primeira tem a haver com os 20 kg da bagagem a que cada passageiro tem direito a transportar consigo: embora não haja nenhuma norma para a redução deste valor, o transporte da bagagem está dependente do peso transportado no cómodo avião executivo. E é deveras aborrecido para quem sai do Corvo, ter que se ver confrontado com a eventualidade de deixar as suas coisas atrás. Ainda por cima nesta altura do ano em que os cancelamentos dos voos para a Ilha são mais previsíveis, dado as condições atmosféricas e climáticas poderem ser adversas.
A outra questão é o transporte da mala do correio. É verdade que o avião tem trazido e levado as nossas cartas e encomendas, um serviço que se efectua graças à boa vontade da tripulação da aeronave. Mas os serviços públicos não se cumprem a partir dos princípios morais da generosidade e da boa-vontade. Eles fazem parte dos direitos fundamentais das pessoas e, são pagos por quantos deles necessitam.
Esperamos que os prazos se cumpram e a 10 de Novembro, o nosso avião regresse ao Corvo de “boa saúde”, para que a qualidade dos serviços prestados a esta população regresse à legítima normalidade . . .
Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo
padrecorvo@gmail.com
Mas não se vive só de visitas, por isso ficam aqui registados os acontecimentos que foram marcando o corvino dia a dia.
No passado Domingo, dia 8 de Outubro, teve lugar a participação no Festival Mundial de Aves 2006 que foi organizado em todo o país pela Sociedade Portuguesa para os Estudo das Aves. Pedro Domingos e Sandra Mealha orientaram o grupo de 6 pessoas, que puderam observar espécies como o canário, o tentilhão, o pintassilgo, a gaivota, a cagarra . . .
12 de Outubro foi dia de Festa no Corvo, como também o terá sido noutras comunidades cristãs dos Açores. A Matriz ficou repleta de fiéis que tomaram parte na Oração do Terço, na Missa Solene e na Procissão das Velas em honra de Nossa Senhora de Fátima.
Destaco claramente a participação dos alunos e dos catequistas da Catequese Paroquial, seja na orientação dos mistérios do Terço seja iluminando a Procissão com acesas tochas. As crianças e os jovens, se bem orientados, também estão despertos para os valores religiosos da sua Comunidade e participam com gosto nas actividades que lhes são propostas.
Se os meus leitores permitirem, vou falar das condições em actualmente é feito o transporte aéreo para o Corvo: Estávamos no dia 18 de Setembro quando o avião dornier da SATA fez a derradeira viagem para a Ilha, antes de ir passar uns tempos para a oficina. A Força Aérea Portuguesa prontificou-se desde logo a assegurar o serviço público, desde que os passageiros estivessem dispostos a aceitar os horários e as demais condições da Instituição militar.
E assim foi. Entre 20 de Setembro e 6 de Outubro tivemos algumas vezes avião, mesmo ao sábado, porque não se pode alterar os rígidos esquemas e estratégias dos inquilinos da Base das Lajes.
Todavia o orçamento do Governo não suporta os elevados custos que se prendem com os serviços prestados pelos militares. E aqui fica a minha dúvida: como é que duas instituições, Força Aérea e Governo Regional, que são sustentados pela mesma fonte – os impostos dos contribuintes, têm que praticar um ao outro preços exorbitantes pelos supostos “públicos” serviços que prestam???
Foi então contratado o avião de uma empresa privada a SOMAGUE que até ao presente tem feito um trabalho satisfatório no que diz respeito aos 3 voos semanais e às diversas ligações entre o Corvo e os aeroportos das Flores, do Faial e da Terceira. 18 é o número de máximo de passageiros que à 2ª e à 4ª Feiras pode chegar e sair da Ilha do Corvo; à 6ª feira são apenas 12 uma vez que o avião não escala a Ilha das Flores.
Mas há duas questões que necessitam de uma melhor solução, a bem da comodidade e dos direitos da população. A primeira tem a haver com os 20 kg da bagagem a que cada passageiro tem direito a transportar consigo: embora não haja nenhuma norma para a redução deste valor, o transporte da bagagem está dependente do peso transportado no cómodo avião executivo. E é deveras aborrecido para quem sai do Corvo, ter que se ver confrontado com a eventualidade de deixar as suas coisas atrás. Ainda por cima nesta altura do ano em que os cancelamentos dos voos para a Ilha são mais previsíveis, dado as condições atmosféricas e climáticas poderem ser adversas.
A outra questão é o transporte da mala do correio. É verdade que o avião tem trazido e levado as nossas cartas e encomendas, um serviço que se efectua graças à boa vontade da tripulação da aeronave. Mas os serviços públicos não se cumprem a partir dos princípios morais da generosidade e da boa-vontade. Eles fazem parte dos direitos fundamentais das pessoas e, são pagos por quantos deles necessitam.
Esperamos que os prazos se cumpram e a 10 de Novembro, o nosso avião regresse ao Corvo de “boa saúde”, para que a qualidade dos serviços prestados a esta população regresse à legítima normalidade . . .
Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo
padrecorvo@gmail.com
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