Já lá vai algum tempo, que pensava escrever sobre o referendo à despenalização do aborto, que o Governo de Portugal transformou em prioridade política social e cultural deste florido jardim à beira mar plantado . . .
Para mim enquanto cristão, a liberalização do aborto é inaceitável uma vez que a vida é um dom sagrado e intocável. O homem e a mulher não podem dispor da vida por mero capricho nem fazer dela a bandeira do suposto progresso civilizacional.
Em primeiro lugar, liberalizar o aborto, como pretende o Governo com este referendo, é um atentado aos Direitos Humanos – é deixar os mais frágeis à mercê de tantas injustiças e pressões sociais; é condenar crianças inocentes, sem rosto e sem voz, a uma morte violenta e desumana;
Admira-me a preocupação legalista dos apoiantes do “sim” – coitadinhas das mulheres que abortam: lá vão elas que para a cadeia pagar por uma consequência inevitável na sua vida. Pergunto eu: quantas mulheres estão presas pelo crime de aborto no nosso país? Porquê esta falsa compaixão para com as pessoas que tiraram a vida a um ser humano inocente?
A continuar, a exuberância da argumentação do “sim” vamos ficando convencidos que o crime do aborto, uma vez despenalizado, passa a ser uma honra e uma virtude para as mulheres que abortam, tornando-se estas ilustres senhoras candidatas à comenda da Grã Cruz da Ordem da Liberdade.
E quem defende as crianças que não nascem? Quem se preocupa com a sorte tantos seres humanos que são conduzidos aos novos campos de concentração – as clínicas do aborto que Portugal vai importar aos espanhóis – para aí serem dizimados sem a mais tímida humanidade? Porque vão fechando as escolas primárias? Onde estão as crianças que enchiam o parque infantil que, entretanto já não será construído? E estes tantos professores, porque estão no desemprego?
Como vemos é uma série de problemas que o drama do aborto levanta. Não se trata apenas de uma lei para ser alterada, mas é toda uma cultura humanista e solidária que pode ficar comprometida, se não formos votar em favor da VIDA, dizendo NÃO ao aborto.
Sei que não se pode ignorar a chaga do aborto clandestino, que infelizmente vai atingindo proporções consideráveis em Portugal. Mas também estou ciente que a solução para o aborto não está em torná-lo legal – que necessariamente significa correcto e aceite como normal na sociedade civil. O aborto é sempre um mal e não pode passar a ser um bem, só porque não arranjamos maneira de o erradicar do nosso mundo.
A culpa da proporção do aborto clandestino em Portugal é também nossa – na medida em que não somos solidários com as mulheres e as suas famílias, que vêem a nossa porta fechar-se no momento em que a fraqueza e o desespero orientam para a pior das soluções.
Não basta oferecer-lhes a clínica para que o filho morra nas melhores condições!!!!!!!
É preciso criar e apoiar Centros de Apoio à Vida que proporcionem às novas mamãs o acompanhamento na gravidez e todo o auxílio na educação dos seus filhos.
Isto não é impossível!!! Basta que se queira assumir o compromisso com um mundo melhor e fazer com que a utopia da caridade se concretize junto de nós.
Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo
padrecorvo@gmail.com
Para mim enquanto cristão, a liberalização do aborto é inaceitável uma vez que a vida é um dom sagrado e intocável. O homem e a mulher não podem dispor da vida por mero capricho nem fazer dela a bandeira do suposto progresso civilizacional.
Em primeiro lugar, liberalizar o aborto, como pretende o Governo com este referendo, é um atentado aos Direitos Humanos – é deixar os mais frágeis à mercê de tantas injustiças e pressões sociais; é condenar crianças inocentes, sem rosto e sem voz, a uma morte violenta e desumana;
Admira-me a preocupação legalista dos apoiantes do “sim” – coitadinhas das mulheres que abortam: lá vão elas que para a cadeia pagar por uma consequência inevitável na sua vida. Pergunto eu: quantas mulheres estão presas pelo crime de aborto no nosso país? Porquê esta falsa compaixão para com as pessoas que tiraram a vida a um ser humano inocente?
A continuar, a exuberância da argumentação do “sim” vamos ficando convencidos que o crime do aborto, uma vez despenalizado, passa a ser uma honra e uma virtude para as mulheres que abortam, tornando-se estas ilustres senhoras candidatas à comenda da Grã Cruz da Ordem da Liberdade.
E quem defende as crianças que não nascem? Quem se preocupa com a sorte tantos seres humanos que são conduzidos aos novos campos de concentração – as clínicas do aborto que Portugal vai importar aos espanhóis – para aí serem dizimados sem a mais tímida humanidade? Porque vão fechando as escolas primárias? Onde estão as crianças que enchiam o parque infantil que, entretanto já não será construído? E estes tantos professores, porque estão no desemprego?
Como vemos é uma série de problemas que o drama do aborto levanta. Não se trata apenas de uma lei para ser alterada, mas é toda uma cultura humanista e solidária que pode ficar comprometida, se não formos votar em favor da VIDA, dizendo NÃO ao aborto.
Sei que não se pode ignorar a chaga do aborto clandestino, que infelizmente vai atingindo proporções consideráveis em Portugal. Mas também estou ciente que a solução para o aborto não está em torná-lo legal – que necessariamente significa correcto e aceite como normal na sociedade civil. O aborto é sempre um mal e não pode passar a ser um bem, só porque não arranjamos maneira de o erradicar do nosso mundo.
A culpa da proporção do aborto clandestino em Portugal é também nossa – na medida em que não somos solidários com as mulheres e as suas famílias, que vêem a nossa porta fechar-se no momento em que a fraqueza e o desespero orientam para a pior das soluções.
Não basta oferecer-lhes a clínica para que o filho morra nas melhores condições!!!!!!!
É preciso criar e apoiar Centros de Apoio à Vida que proporcionem às novas mamãs o acompanhamento na gravidez e todo o auxílio na educação dos seus filhos.
Isto não é impossível!!! Basta que se queira assumir o compromisso com um mundo melhor e fazer com que a utopia da caridade se concretize junto de nós.
Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo
padrecorvo@gmail.com
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