Tenho a alegria de estar mais uma vez na vossa simpática companhia, partilhando a amizade e o gosto pela escrita e pela leitura, ao mesmo tempo que vos dou conhecimento das vivências desta Ilha.
E depois de uma semana marcada pelas celebrações em honra de Todos os Santos e em memória dos Fiéis Defuntos, a atenção volta-se agora para os preparativos de um grande acontecimento: o Dia da Igreja Diocesana.
Mas antes de desenvolver o tema chave da crónica quero partilhar convosco uma boa notícia: a nossa Filarmónica, a LIRA CORVENSE, está a celebrar as suas 68 primaveras. Por isso o Corvo está de parabéns por esta simpática efeméride e, juntamente com a Direcção e os músicos, queremos fazer memória daquele dia 4 de Novembro de 1938, quando um grupo de ilustres Corvinos concretizaram o sonho de fundar uma Banda de Música na sua Ilha do Corvo.
Dos fundadores só se encontra entre nós o senhor Pedro Pimentel Cepo, o Ti Pedro Cepo, como carinhosamente lhe chamam os habitantes desta vila. Cantador e tocador popular, este ícone das gentes corvinas, marcou gerações de músicos e conquistou um lugar de honra na Filarmónica e na Ilha.
Actualmente a Direcção da Lira Corvense é presidida pelo senhor Inácio Pimentel, um homem do Corvo que se dedica de corpo e alma à Banda. Dezasseis músicos compõem o elenco da Filarmónica, que com os seus acordes anima e dignifica todas as festividades na Ilha do Corvo.
Peço a todos meus leitores que levantem as suas taças, num alegre brinde, a mais este aniversário da nossa querida Filarmónica. . . desejamos sinceramente que esta memorial data se renove por muitos e muitos anos.
Enfim é sexta-feira . . . não me posso esquecer de confirmar com as pessoas naturais de cada Ilha e que residem aqui no Corvo, a sua presença na Missa Solene do Dia da Igreja Diocesana. Entretanto e no salão paroquial, os diversos grupos da Catequese lá iam preparando os cartazes com paisagens das 9 Ilhas, enquanto se estudava o texto que continha a apresentação da Igreja que vive em cada uma das parcelas açorianas.
No Domingo 5 de Novembro, a Igreja Matriz encheu-se de juventude, logo pela manhã. No momento do ofertório os alunos e as catequistas apresentaram ao Senhor a Igreja que está presente em cada Ilha, as suas comunidades e os padres que estão ao seu serviço.
Ao longo do Dia da Igreja Diocesana, a Matriz era ponto de passagem para os cristãos do Corvo, uma vez que o Santíssimo Sacramento esteve exposto à adoração dos fiéis. Nesta jornada de adoração e de louvor à presença de Cristo na Eucaristia, a Comunidade colocou diante do Senhor as intenções e os projectos; as dificuldades e os problemas da Igreja local, do seu Bispo e de cada uma das comunidades cristãs. De facto, diante do Santíssimo Sacramento estavam acesas 9 lamparinas querendo tornar presente a Igreja que vive em cada Ilha: apesar de serem lamparinas diferentes todas faziam brilhar a mesma luz, porque eram alimentadas pela mesma cera.
O ponto alto das festas estava reservado para as 19 horas: a Eucaristia solene que foi animada pelo Grupo Coral e contou com a presença com a presença dos “bispos” – nome honrosamente dado aos homens que ajudam à missa nos dias de festa. Mas a particularidade desta celebração festiva estava na presença de 18 pessoas, que apesar de residirem na Ilha do Corvo nasceram nas 9 Ilhas da Diocese de Angra.
Numa experiência inédita do Corvo, vimos os símbolos de cada uma das Ilhas serem levados ao altar por pessoas que regressaram às suas origens. Sentimos na pele o que é ser açoriano, partilhar a mesma fé, invocar o mesmo Senhor Santo Cristo e ser coroado no mesmo Divino Espírito Santo.
Por isso digo sem medo de exagerar, que os Açores estiveram reunidos na Matriz do Corvo. E louvo os habitantes do Corvo, tanto naturais como residentes, pela sua participação nesta iniciativa. Ficou comprovado de que as ilustres gentes desta Ilha estão abertas à novidade e, quando bem orientadas, mostram sinais de progresso e de desenvolvimento.
E foi assim! Os Açores estiveram reunidos na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Milagres, na Vila do Corvo . . .
Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo
padrecorvo@gmail.com
E depois de uma semana marcada pelas celebrações em honra de Todos os Santos e em memória dos Fiéis Defuntos, a atenção volta-se agora para os preparativos de um grande acontecimento: o Dia da Igreja Diocesana.
Mas antes de desenvolver o tema chave da crónica quero partilhar convosco uma boa notícia: a nossa Filarmónica, a LIRA CORVENSE, está a celebrar as suas 68 primaveras. Por isso o Corvo está de parabéns por esta simpática efeméride e, juntamente com a Direcção e os músicos, queremos fazer memória daquele dia 4 de Novembro de 1938, quando um grupo de ilustres Corvinos concretizaram o sonho de fundar uma Banda de Música na sua Ilha do Corvo.
Dos fundadores só se encontra entre nós o senhor Pedro Pimentel Cepo, o Ti Pedro Cepo, como carinhosamente lhe chamam os habitantes desta vila. Cantador e tocador popular, este ícone das gentes corvinas, marcou gerações de músicos e conquistou um lugar de honra na Filarmónica e na Ilha.
Actualmente a Direcção da Lira Corvense é presidida pelo senhor Inácio Pimentel, um homem do Corvo que se dedica de corpo e alma à Banda. Dezasseis músicos compõem o elenco da Filarmónica, que com os seus acordes anima e dignifica todas as festividades na Ilha do Corvo.
Peço a todos meus leitores que levantem as suas taças, num alegre brinde, a mais este aniversário da nossa querida Filarmónica. . . desejamos sinceramente que esta memorial data se renove por muitos e muitos anos.
Enfim é sexta-feira . . . não me posso esquecer de confirmar com as pessoas naturais de cada Ilha e que residem aqui no Corvo, a sua presença na Missa Solene do Dia da Igreja Diocesana. Entretanto e no salão paroquial, os diversos grupos da Catequese lá iam preparando os cartazes com paisagens das 9 Ilhas, enquanto se estudava o texto que continha a apresentação da Igreja que vive em cada uma das parcelas açorianas.
No Domingo 5 de Novembro, a Igreja Matriz encheu-se de juventude, logo pela manhã. No momento do ofertório os alunos e as catequistas apresentaram ao Senhor a Igreja que está presente em cada Ilha, as suas comunidades e os padres que estão ao seu serviço.
Ao longo do Dia da Igreja Diocesana, a Matriz era ponto de passagem para os cristãos do Corvo, uma vez que o Santíssimo Sacramento esteve exposto à adoração dos fiéis. Nesta jornada de adoração e de louvor à presença de Cristo na Eucaristia, a Comunidade colocou diante do Senhor as intenções e os projectos; as dificuldades e os problemas da Igreja local, do seu Bispo e de cada uma das comunidades cristãs. De facto, diante do Santíssimo Sacramento estavam acesas 9 lamparinas querendo tornar presente a Igreja que vive em cada Ilha: apesar de serem lamparinas diferentes todas faziam brilhar a mesma luz, porque eram alimentadas pela mesma cera.
O ponto alto das festas estava reservado para as 19 horas: a Eucaristia solene que foi animada pelo Grupo Coral e contou com a presença com a presença dos “bispos” – nome honrosamente dado aos homens que ajudam à missa nos dias de festa. Mas a particularidade desta celebração festiva estava na presença de 18 pessoas, que apesar de residirem na Ilha do Corvo nasceram nas 9 Ilhas da Diocese de Angra.
Numa experiência inédita do Corvo, vimos os símbolos de cada uma das Ilhas serem levados ao altar por pessoas que regressaram às suas origens. Sentimos na pele o que é ser açoriano, partilhar a mesma fé, invocar o mesmo Senhor Santo Cristo e ser coroado no mesmo Divino Espírito Santo.
Por isso digo sem medo de exagerar, que os Açores estiveram reunidos na Matriz do Corvo. E louvo os habitantes do Corvo, tanto naturais como residentes, pela sua participação nesta iniciativa. Ficou comprovado de que as ilustres gentes desta Ilha estão abertas à novidade e, quando bem orientadas, mostram sinais de progresso e de desenvolvimento.
E foi assim! Os Açores estiveram reunidos na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Milagres, na Vila do Corvo . . .
Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo
padrecorvo@gmail.com
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