segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

No Corvo festejou-se Santo Antão, o padroeiro dos Lavradores


Mesmo no rigor deste tempo invernal, não quero deixar de marcar a corvina presença junto dos meus queridos e estimados leitores!
Como vos tinha dito na crónica da semana passada, o Corvo celebrou a Festa em honra de Santo Antão o padroeiro dos Lavradores. Esta é uma das principais festividades do calendário da Igreja na nossa Ilha.
Pelo 2º ano consecutivo, estava previsto um programa de Formação Profissional para os trabalhadores do sector agrícola, unindo desta forma o culto e a devoção a Santo Antão à tão urgente e necessária formação dos agricultores.
Mas devido às condições climatéricas adversas, que levaram ao cancelamento dos voos na passada 6ª feira, todas as conferências foram adiadas para uma altura mais conveniente.
Teria sido possível realizar a Festa de Santo Antão, segundo estes moldes, graças a uma parceria celebrada entre 4 instituições – a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, a Paróquia de Nossa Senhora dos Milagres, a Comissão das Festas de Santo Antão e a Associação Agrícola do Corvo – que se reuniram com o único objectivo de proporcionar aos agricultores locais a justa e merecida formação profissional, ao mesmo tempo que se cumpria a sagrada tradição de honrar o Padroeiro dos homens da lavoura e o Protector dos animais.
Longe de misturar a Igreja com a política, a Festa de Santo Antão, organizada nesta saudável e leal parceria, quis ser um incentivo ao diálogo entre as várias instituições da sociedade humana, tendo como horizonte base a promoção do bem comum.
E apesar dos contratempos de Janeiro, a Matriz do Corvo fez-se pequena neste Domingo para acolher os inúmeros fiéis que quiseram cumprir a tradição de honrar Santo Antão. No ofertório da Eucaristia solene, celebrada às 15 horas, fizeram-se representar pelas mãos dos membros da Comissão de Festas os símbolos da actividade agrícola – o leite, o queijo, a carne assada e o estetoscópio da Dr.ª Sandra – foram oferecidos a Deus para ao longo do ano serem abençoados pelo Seu servo, Santo Antão.
Finda a celebração todos quiseram ir “beijar Santo Antão” levando um renovado pedido, para que o Protector resguarde os animais das doenças e abençoe a erva dos campos para que cresça em abundância, neste ano que agora se inaugura.
Já no adro da igreja e após o acertado juízo do senhor Alfredo Pimentel, o meteorologista de serviço, lá se organizou a caravana automóvel e a Bênção dos Campos. Este ano porque estava muito nevoeiro o percurso limitou-se ao sítio dos Lagos, onde se encontra o nicho dedicado a Santo Antão, regressando de seguida à sede dos Serviços Agrícolas.
Reunidos aí os muitos convivas, iniciou-se uma tarde de convívio comunitário onde todos saboreamos as suculentas iguarias, que as gentis senhoras do Corvo trouxeram para a Festa – podia-se petiscar a carne assada, o arroz de marisco, a feijoada e o queijo caseiro para além de saborosas e variadas sobremesas.
Saciados os apetites, chegava a hora da música e do já corvino bailarico. Pudemos contar com a sempre jovial presença do nosso Grupo Musical – a VENGA BANDA. Acendendo ao convite da organização do evento, os jovens vieram fazer festa connosco!!! Tocaram e cantaram a música popular, a qual foi um convite para um pezinho de dança – mais novos ou mais velhos, muitos foram os que se reuniram “no meio da casa” dando azo ao saudável e alegre costume.
E já era noite quando as pessoas se iam dispersando para os seus lares. Agora era tempo de colocar as coisas em ordem e levar a imagem de Santo Antão de volta à Igreja Matriz.
“A Festa está feita padre Alexandre, para o verão é a vez do Santo Antão de cima”. Resta-nos esperar melhor tempo que favoreça a realização das palestras e do campestre convívio.
Nesta semana vou passar as tardes na creche e jardim de infância PLANETA AZUL, pois mais uma festa se prepara para o próximo Domingo . . .


Pe. Alexandre Medeiros
Pároco do Corvo

padrecorvo@gmail.com

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